Uma funcionária do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania – Cejusc – passou por horas de sufoco durante este fim de semana no prédio do órgão. Na noite do sábado (28), de acordo com informações da mesma, ela foi ao local para ver se tudo corria bem, visto que, por determinação do Tribunal de Justiça do Piauí, os funcionários estão em tele trabalho por conta do distanciamento social gerado pela pandemia do Coronavírus.
Ao entrar no elevador e acionar que subisse ao primeiro andar, o mesmo travou. A funcionária disse que estava sem celular e que não havia nenhum vigia no local, pois o do plantão está de férias.
“Passei a noite do sábado até às 16h00 do domingo presa no elevador. Foi quando o Policial Militar chegou no domingo e logo escutou meus pedidos de socorro. Todo o momento foi sufocante. Não tive frio nem fome. Só medo. E tive que rezar muito e ficar calma, pois senão não conseguiria”, relatou os momentos angustiantes.
A funcionária disse que por ser de um outro estado e morar sozinha na cidade, não havia como alguém sentir sua falta, o que explica ter ficado tanto tempo presa no elevador.
Ela contou ao Cidadesnanet que quando o policial ouviu seus gritos, dirigiu-se ao elevador e ainda tentou abrir, mas não conseguiu. Foi então que ele teve a iniciativa de ligar para o Corpo de Bombeiros e para outro funcionário da Cejusc.
“Ao chegarmos ao local, já estavam alguns funcionários da Cejusc tentando abrir a porta do elevador, seguindo orientações de um técnico através de aparelho celular. Simultaneamente, um de nossos bombeiros subiu para o pavimento superior para receber algumas orientações de como proceder para fazer o acesso por cima. Outros dois conseguiram abrir a porta do elevador após seguirem as instruções do manual do referido elevador”, informou o comandante do Corpo de Bombeiros, Tenente Hamylton Lemos.
O comandante Hamylton relatou que o Samu foi acionado assim que a corporação chegou ao local e que a mulher aparentava estar bem, visto que estava consciente, e que, por isso, não foi levada ao hospital.
“Tirando algumas lesões leves nas mãos e nas pernas, por me esforçar para abrir o elevador, eu estava bem. A equipe do Samu constatou que eu estava com oxigênio e pressão baixos, mas era porque estava com mais de 24h que eu havia comido. Mas, com tudo isso, ainda saí bem. Como disse, tive que rezar muito e manter a calma para não me desesperar e acontecer o pior”, concluiu a funcionária.
CidadesNaNet
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