O assessor especial do Ministério da Saúde Airton Cascavel afirmou nesta segunda-feira (8) que o Brasil terá vacinas suficientes para aplicação em 1 milhão de pessoas por dia “a partir de agora”.
O anúncio ocorreu ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, após uma reunião do presidente Jair Bolsonaro com o diretor-executivo global da Pfizer, Albert Bourla.
A farmacêutica norte-americana, segundo Guedes, comprometeu-se a antecipar parte das doses prometidas para o segundo semestre deste ano.
Com isso, o assessor da Saúde calcula que o Brasil terá um adicional de 14 milhões de doses da vacina Pfizer/BIoNTech (suficientes para imunizar 7,5 milhões de pessoas) entre maio e junho.
Cascavel também salientou que o envase local da vacina Oxford/AstraZeneca está acelerando na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e deve garantir a continuidade do programa de imunização.
“A partir de agora, o Brasil nos próximos 60 dias, tem disponibilidade para vacinar 1 milhão de doses [por dia]. E a partir de maio, que passam a ser, no mínimo, de 1,5 milhão de doses garantidas por dia. A Fiocruz já está produzindo 400 mil doses por dia, formará um lote grande que serão entregues. O Butantan está produzindo 660 mil doses por dia.”
O Ministério da Saúde também tenta viabilizar outras duas vacinas: a russa Sputnik V (10 milhões de doses) e a indiana Covaxin (20 milhões de doses). Mas nenhuma delas tem sequer pedido para uso emergencial junto ao órgão regulador brasileiro.
O cronograma do Ministério da Saúde para vacinas para março prevê 30 milhões de doses, sendo 23,3 milhões da CoronaVac (Butantan), 3,8 milhões da Oxford/AstraZeneca envasadas na Fiocruz e mais 2,9 milhões da mesma vacina produzidos por um laboratório sul-coreano e entregues ao Brasil por meio do programa Covax Facility.
O Brasil já vacinou 8,16 milhões de pessoas com a primeira dose. Outros 2,27 milhões receberam as duas doses.
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