Duas novas espécies de plantas do Período Permiano da Era Paleozóica foram descobertas às margens do Rio Parnaíba por pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI). As espécies estão fossilizadas e têm mais de 200 milhões de anos.
A descoberta dos pesquisadores do Piauí foi feita no município de Nova Iorque do Maranhão, a 306 quilômetros de Teresina na Barragem Boa Esperança, nas margens do Rio Parnaíba.
A pesquisa foi liderada por Domingas Maria da Conceição, nascida em Amarante (PI) doutoranda em Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, com participação de Juan Cisneros, Chefe do Laboratório de Paleontologia do Centro de Ciências da Natureza da Universidade Federal do Piauí.
Pesquisadores do Rio Grande do Sul, do Pará e da Argentina também contribuíram com a descoberta.
Os nomes das espécies são: Novaiorquepitys que significa “medula de Nova Iorque” e Yvirapitys “medula da madeira”. (Yvira significa madeira em Guarani).
A idade dos fósseis é de 280 milhões de anos. Segundo os pesquisadores, as plantas viveram ao mesmo tempo em que as plantas da Floresta Fóssil do Rio Poti, em Teresina, e são do grupo das gimnospermas, parentes dos pinheiros e das araucárias de hoje em dia.
“Esta pesquisa nos ajuda a saber como era o antigo ambiente do Brasil no final da Era Paleozoica, quando os continentes estavam unidos. Ela nos ajuda a saber como evolucionaram as plantas e de uma maneira geral nos ajuda a reconstruir a história do planeta Terra. Graças a estas pesquisas sabemos que o Maranhão e o Piauí estavam cobertos por bosques de gimnospermas no final da Era Paleozoica. Hoje em dia estas plantas só predominam no sul do Brasil”, explica o argentino Juan Cisneros.
O estudo foi divulgado na revista internacional Review of Palaeobotany and Palynology, considerada uma referência importante na área. Confira aqui.
Fonte: Cidade Verde com informações da UFPI
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