A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (25) operação Satélites e cumpre 19 mandados de buscas e apreensões em empresas, no Palácio de Karnak e Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra).
Equipes estão no local desde às 6h. A operação faz parte da segunda fase da operação Topique que investiga crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude em licitação que teriam sido praticados por gestores públicos da Secretaria de Educação do Estado do Piauí (Seduc) e por empresários contratados para prestação do serviço de transporte escolar.
A operação conta com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF). Cerca de 80 policiais federais e 10 auditores da CGU dão cumprimento a 19 mandados de busca e apreensão, sendo 18 em Teresina e um em Luís Correia, expedidos pela 3ª Vara da Seção Judiciária Federal em Teresina.
Para a operação foi determinado o bloqueio de bens imóveis e de ativos financeiros dos principais envolvidos.
Policiais federais também cumprem ordens judiciais também Centro Administrativo, na zona Sul de Teresina. No local, o alvo é a Secretaria da Infraestrutura do Estado do Piauí (Seinfra).
De acordo com a PF, a investigação apontou que empresários do setor de locação de veículos e agentes públicos atuariam em conluio para fraudar licitações e celebrar contratos de transporte escolar com sobrepreço. Os serviços seriam prestados com superfaturamento mínimo de 40%, causando prejuízo a recursos do Fundeb e do Programa Nacional de Transporte Escolar (Pnate).
“Somente nos contratos celebrados a partir de dois processos licitatórios fraudados, cálculos da CGU demonstram o desvio de pelo menos R$ 50 milhões”, informou a nota da PF.
Os inquéritos policiais- instaurados a partir dos documentos apreendidos na primeira fase da operação Topique- teriam revelado ainda o pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos lotados em cargos estratégicos da Seduc.
“De acordo com as investigações, o pagamento de propinas ocorre pela entrega de valores em espécie e pela transferência gratuita de veículos e imóveis. Enquanto muitos estudantes são transportados em condições precárias, os envolvidos ostentam bens móveis e imóveis de luxo”, informou a PF.
O nome da operação Satélites faz referência ao fato dos cargos comissionados girarem em torno do poder administrativo da Seduc.
A TV Cidade Verde entrou em contato com a Coordenadoria de Comunicação Social do Estado (CCOM) e aguarda posicionamento.
Veja na íntegra nota da PF:
A Polícia Federal, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF), deflagra na manhã de hoje (25/09) a segunda fase da Operação Topique*, denominada Operação Satélites**, para investigação dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e crimes de licitação praticados por gestores públicos da Secretaria de Educação do Estado do Piauí (Seduc) e por empresários contratados para prestação de serviço de transporte escolar.
Cerca de 80 Policiais Federais e 10 auditores da CGU dão cumprimento a 19 mandados de busca e apreensão, sendo 18 em Teresina e um em Luís Correia, expedidos pela 3ª Vara da Seção Judiciária Federal em Teresina. Também foi determinado o bloqueio de bens imóveis e de ativos financeiros dos principais envolvidos.
Segundo as investigações, empresários do setor de locação de veículos e agentes públicos atuam em conluio para fraudar licitações e celebrar contratos de transporte escolar com sobrepreço. Os serviços são prestados com superfaturamento mínimo de 40%, causando prejuízo a recursos do Fundeb e do Programa Nacional de Transporte Escolar – PNATE. Somente nos contratos celebrados a partir de dois processos licitatórios fraudados, cálculos da CGU demonstram o desvio de pelo menos R$ 50 milhões.
Os inquéritos policiais instaurados a partir dos documentos apreendidos na primeira fase da operação Topique revelam ainda o pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos lotados em cargos estratégicos da Seduc. De acordo com as investigações, o pagamento de propinas ocorre pela entrega de valores em espécie e pela transferência gratuita de veículos e imóveis. Enquanto muitos estudantes são transportados em condições precárias, os envolvidos ostentam bens móveis e imóveis de luxo.
FontedadeVerde
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