Picos-PI, 21 de agosto de 2019
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Financiamentos imobiliários que eram 8,5% a 9,75%, caem para 2,95% e 4,95% ao ano

Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Conforme o presidente Jair Bolsonaro (PSL) havia dito na semana passada, a Caixa Econômica Federal anunciou a correção dos contratos imobiliários pela inflação medida pelo IPCA, que é o índice oficial.

O anúncio foi feito na noite desta terça-feira (20). As taxas fixas, que antes eram de 8,5% a 9,75%, agora ficam entre 2,95% e 4,95% ao ano. Os financiamentos serão reajustados pela soma dessa taxa fixa com a inflação. Antes, a taxa era somada à Taxa Referencial, que atualmente está zerada.

Prestações iniciais

Como o objetivo, nesse primeiro momento, é reduzir os juros, a Caixa baixou a taxa fixa. O efeito é que, nas simulações do banco, as prestações iniciais ficarão mais baixas.

Segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães, com a adoção do IPCA, haverá queda de 35% no valor da prestação no caso de um financiamento com a taxa mais cara (4,95%), e de 51% no caso das taxas mais baixas (2,95%).

Quem já havia contratado financiamentos imobiliários pelas linhas antigas não poderá fazer a migração. O reajuste pela inflação passa a estar disponível na segunda-feira (26). A Caixa informou que, uma vez escolhida a correção pelo IPCA, não será possível fazer portabilidade para financiamentos com outro tipo de correção, como a TR.

Risco no futuro

Como a inflação varia muito ano a ano – inclusive já superou 10% em 2015 – e os financiamentos de imóveis são longos (até 30 anos), pode ser que os contratos acabem saindo mais caros mais para frente.

A boa notícia é que a Caixa deixou disponível a opção de atualização pela TR, que varia bem menos que o IPCA. A diferença é que, nos contratos atrelados à TR, as prestações iniciais tendem a ser maiores.

Regras que permaneceram

As linhas de crédito imobiliárias continuam com prazo máximo de 30 anos (360 meses) e o financiamento será de 80% do valor do imóvel.

As novas condições valem tanto para financiamentos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), cujo valor do imóvel é de até R$ 1,5 milhão, quanto para os contratos que estão fora do SFH, os do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), que financiam imóveis acima desse valor.

Mais recursos

A expectativa do banco e do governo de que a novidade também permita o aumento do volume de recursos disponível para financiamento imobiliário. Isso porque os contratos indexados ao IPCA terão maior aceitação no mercado e poderão ser renegociados com terceiros pelo banco. É a chamada securitização. Os recursos arrecadados serão uma nova fonte para o financiamento imobiliário.

Como a Caixa detém 70% dos financiamentos imobiliários, o governo espera que os demais bancos sigam a mesma tendência.

 

 

 

Fonte: Cidade Verde

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