Piauí

Piauí tem a maior desigualdade do país

Distribuição da pobreza no Brasil — Foto: Arte G1

O Piauí apresentou pelo sexta vez seguida a maior desigualdade do país na comparação entre os rendimentos mais altos e mais baixos, segundo o levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (6). Segundo o estudo, em 2018, os 10% mais ricos ganharam 18 vezes mais que os 40% mais pobres, sendo o Nordeste a região com maior taxa de desigualdade.

Detalhando os dados, foram pesquisadas 1.000 pessoas, sendo selecionadas 40% que tinham os menores rendimentos e 10% com os maiores ganhos. Os mais ricos ganhavam 18,4 vezes que o grupo com menores rendimentos. Os entrevistados são pessoas ocupadas, que tem de 14 anos ou mais de idade.

Em 2018, os mais ricos recebiam 13 vezes mais do que os 40% com menores rendimentos. Entre as unidades da federação verificou-se diferenças expressivas nesse indicador de desigualdade de renda. Piauí (acima de 18 vezes), Paraíba e Sergipe (em torno de 16 vezes) apresentaram as maiores razões, enquanto as menores, Santa Catarina, Goiás, Alagoas e Mato Grosso (abaixo de 10 vezes).

No Piauí, os 40% com os menores rendimentos ganham em média R$ 334, enquanto os 10% mais ricos têm rendimento médio de R$ 6.146. Isso significa que o primeiro grupo se encontrava abaixo da linha da pobreza.

De acordo com o IBGE, um em cada quatro brasileiros viveu com menos de R$420 por mês ao longo do ano – menos da metade do salário mínimo vigente na época, que era de R$ 954.

Os dados constam na Síntese de Indicadores Sociais (SIS) que apontou, também, que a crise levou o Brasil a bater recorde do número de pessoas em situação de extrema pobreza, além de elevar os indicadores de desigualdade ao nível mais alto da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

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