Cinco adolescentes já foram apreendidos no Piauí por terem realizado ameaças de ataques em escolas. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (14) pelo secretário de Segurança, Chico Lucas. O adolescentes têm idades entre 12 e 15 anos e são das cidades de Bom Princípio, Picos, Teresina, Matias Olímpio e Buriti dos Lopes, onde o caso mais recente foi registrado, em um povoado da zona Rural.
Segundo Chico Lucas, as ameaças eram feitas por meio de perfis criados pelos adolescentes em redes sociais. Nenhum dos atos foi concretizado. Ao traçar o perfil, o secretário de Segurança disse que eles tinham em comum a presença de famílias desestruturadas ou ainda a sofriam com algum tipo de violência, principalmente o bullying: “É muito mais, ao que parece, um grito de socorro. Estão pedindo por atenção”, avaliou o gestor.
“Até agora todos os casos são menores que querem, de alguma maneira, chamar atenção para alguma violência que sofrem, principalmente o bullying […] A gente pede para as pessoas manterem a calma, é muito mais esse crime de histérismo, a gente não pode criar gatilhos para que jovens tomem esse tipo de atitude, temos que ter parcimônia para lidar com esse tipo de situação”, acrescentou.
Como resposta, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação, aumentou o número de psicólogos nas escolas. Um plano integrado de prevenção foi traçado envolvendo diversas pastas:
“Dividimos um plano de ação. A parte de prevenção ficou com a Seduc, com multiprofissionais, análise das crianças que sofrem o bullying, das que apresentam problemas psicológicos. Na segurança, tem a parte da inteligência, estamos monitorando todas as redes sociais, apurando as denúncias que chegam, já foram apreendidos cinco jovens. E na parte da PM, o CIP está fazendo um treinamento com os agentes de portaria. Também vamos reforça a segurança nas estradas e saídas das escolas”, explicou.
Chico Lucas também defendeu que as plataformas das redes sociais devem ser responsabilizadas pela disseminação das condutas que são gatilhos para jovens que apresentam predisposição à esse tipo de agressão. Ele também fez um apelo para que os pais vistoriem o uso dos celulares pelos filhos.
“Existe uma legislação que dispõe do menor em conflito com a lei, estamos respeitando os dispositivos. Mas, também estamos chamando os pais, assinando termo de responsabilidade. A gente tem controlar o acesso, todos que temos filhos sabemos da dificuldade, mas, não é porque tem um celular que pode permitir o descontrole da pessoa entrar em rede social e grupos”, declarou.
Por Paula Sampaio/ Cidade Verde
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