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Ciro quer fim de carros movidos a gasolina. Projeto passa na CCJ

Sem alarde, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, na quarta-feira, um Projeto de Lei do senador Ciro Nogueira (PP-PI) que pode mudar radicalmente o cenário das cidades brasileiras. E, de quebra, alterar completamente as diretrizes energéticas do país. O PL de Ciro determina o fim da fabricação de carros movidos a combustíveis fósseis, como gasolina e diesel. Se realmente aprovado, a proibição da fabricação de novos veículos movidos a combustíveis fósseis entrará em vigor em 2030 – e em 2040 os veículos com essa matriz energética deixariam de circular.

Muitos países já aprovaram medidas nesse sentido, estabelecendo prazos até mais curtos que os propostos por Ciro Nogueira. Mas o que chama atenção é que o projeto não bate com as diretrizes energéticas do país: o Brasil é um dos mais atrasados na substituição da matriz energética no setor automobilístico. Para efeito de comparação, a instalação dos primeiros pontos de abastecimento de veículos elétricos nas estradas brasileiras ocorreu em dezembro passado. Antes disso, a Alemanha tinha anunciado a meta de ter, até 2030, nada menos que 1 milhão de pontos de abastecimento para os carros elétricos. Uma enorme diferença.

O Projeto de Lei define três exceções: veículos de coleção, veículos oficiais e diplomáticos ou carros de visitantes estrangeiros. Se a proposta de Ciro for aprovada, vai obrigar o Brasil a andar mais rápido nesse campo que recebe os olhos do planeta. O senador tem uma explicação fácil para a defesa de sua proposta: o mundo inteiro está discutindo essa transformação.

“O Brasil não pode ficar à margem”, destaca.

Carros respondem por um sexto das emissões

Na contramão do planeta (ou pelo menos da parte desenvolvida do planeta), o Brasil dos últimos anos investiu e incentivou combustíveis fósseis. Chegou a dar incentivos até mesmo para empresas estrangeiras que chegaram para explorar campos de petróleo. Os países mais avançados estão fazendo o contrário: impondo pesadas taxas aos que investem nos combustíveis fósseis, em grande medida responsáveis pela poluição e dramas como o efeito estufa.

Não sem motivo: os automóveis representam um sexto das emissões mundiais de dióxido de carbono, o responsável pelo efeito estufa. “O problema é que, em todo o mundo, 95% da energia utilizada pelos veículos vêm da queima de combustíveis fósseis”, ressalta Ciro Nogueira. A aprovação do projeto do senador piauiense, se aprovado, vai produzir uma inflexão na política energética brasileira.

 

Fonte: CidadeVerde

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