Operação integrada da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e órgãos ambientais aprendeu em dez dias 492 m³ de madeira irregular, o que seria suficiente para fazer a cobertura de mais de 300 casas populares. Em coletiva nesta terca-feira (12) foi apresentado balanço final da operação Caroá II que resultou em 20 pessoas detidas e 18 flagrantes de caminhões com madeira irregular.
O superintendente da PRF-PI, Stênio Pires, explica que a maioria da carga apreendida veio do Pará.
“A avaliação é bastante positiva, pois conseguimos aumentar o número de apreensões. Já estamos com 80% de aumento do número de madeira apreendida em relação ao mesmo período do ano passado. Essa integração entre as instituições é importante no combate ao crime ambiental e fortalece a fiscalização”, disse Pires.
Fotos: Roberta Aline/ Cidadeverde.com
No Piauí, a BR-316 foi a rodovia com a maior incidência de ocorrências.
“Por não ter extração forte de madeira no estado, hoje nossas rodovias são utilizadas como rota de madeira que são extraídas na região Norte para os demais estados. Existem vários fatores. Um deles é o fato de no Sul do Piauí onde existe uma fiscalização mais frágil por parte da própria PRF onde não temos unidades operacionais. Isso faz com que aquela região seja procurada por essas pessoas para transitarem com essa madeira. Graças a parcerias estamos realizando operações constantes e inibido esse tipo de crime”, disse o superintendente.
Sádia Castro, secretária estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), chama atenção para o impacto ambiental da extração irregular de madeira.
Fotos: Roberta Aline/ Cidadeverde.com
“Isso influencia no aquecimento global, na fauna, na flora e em todo o ecossistema. Não é só um prejuízo econômico. São vários crimes com impacto ambiental irreversível, principalmente, nesse momento que estamos brigando para conter os incêndios na Amazônia, a degradação ambiental. O desmatamento ilegal continua e continua forte”, disse a secretária.
O superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), San Martin Linhares, acrescenta que cabe ao órgão a destinação da madeira, bem como fiscalização mais efetiva.
Fotos: Roberta Aline/ Cidadeverde.com
“Dentro do Ibama existem critérios, resoluções e regras para se fazer a destinação de bens apreendidos. Temos uma comissão que avalia quais as entidades que estão aptas documentalmente para receber a madeira apreendida. Por exemplo, órgão público tem prioridade sobre o privado”, esclarece Linhares.
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