Uma decisão da Justiça do Trabalho proibiu a realização de exames cadavéricos no Hospital Regional Justino Luz, em Picos. Com isso, os corpos precisam ser encaminhados para Floriano ou Teresina para serem periciados. A medida está valendo desde o dia 1° de março.
Segundo a delegada Laura Carneiro, além de Picos, outras 14 cidades serão afetadas. “Desde o dia primeiro de março temos a orientação do Departamento de Polícia Técnico-Cientifica, onde os exames cadavéricos deverão ser realizados na cidade de Floriano, em caso de menor complexidade, ou na cidade de Teresina em casos mais complexos e em putrefação. “Isso afeta não só a cidade de Picos, mas as outras 14 que compõem a região”, afirmou.
Para a delegada, a decisão é complexa e terá várias consequências. “A situação vai ser bem complicada, já que a orientação é que um agente público acompanhe o cadáver. Essa é a primeira questão. A segunda situação será quando tiver que acionar o IML. Onde nós colocaremos esse cadáver até a chegada do carro do IML?”, questiona.
Outra situação considerada grave segundo Laura Carneiro é que as famílias terão que arcar com os custos para trazer os corpos de volta.
“O terceiro ponto é que o carro do IML vem buscar o cadáver, mas ele não traz de volta. Esse custo ficaria com a família. Sabendo da realidade da região eu temo que será de muita dificuldade”, destaca.
A delegada informou ainda que a Secretaria de Segurança já está ciente da decisão e procura um prédio em Picos para abrigar um IML.
“Estão cientes e estão em busca de um local que possa ser instalado o IML e que os legistas possam realizar a perícia aqui na cidade”, conta.
A decisão da Justiça do Trabalho proibiu que os exames fossem realizados nas dependências do hospital utilizando os equipamentos da unidade de saúde, como raio x. Até um momento, segundo a delegada, um corpo precisou ser enviado para Teresina.
CidadeVerde
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